Olha a dica de verão chegando quentinha para você anotar! Seguimos auxiliando os leitores a lidarem melhor com a estação mais quente do ano, e agora chegou a vez dele. O grande vilão. O mal necessário. O temido. O aguardado. Amado por uns, odiado por outros. O ar condicionado.
Suspenses à parte, não vamos falar só dele, mas do quanto o uso de eletrodomésticos que consomem bastante energia pode pesar no seu bolso quando a conta de luz aparece debaixo da porta ou na caixa de correio. E o problema é ainda maior se levarmos em consideração a situação na Baixada Santista, que enfrenta altas temperaturas e sensação térmica de mais de 40ºC sempre que o sol aparece. O astro-rei não está para brincadeira!
Por isso, o melhor caminho é tentar reduzir o consumo e baratear o valor da conta. Nós conversamos com Wallace Martins, técnico em elétrica especializado em área residencial, e descobrimos que é possível economizar sem passar calor se o seu consumo for consciente. Para começar, você sabia que, no seu boleto, há uma informação que pode encarecer o valor da sua conta sem você gastar mais? Estamos falando das bandeiras.
Desde fevereiro de 2015, uma cor que representa as condições de geração de energia no Brasil é determinada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) para reger um mês ou período, dependendo da situação. Essas cores recebem o nome de bandeiras, mas não espere encontrar um desenho no seu boleto. Elas vêm descritas na cor preta, em letras miúdas. “Bandeira verde não possui custo adicional, pois representa boas condições de geração. A amarela significa que as condições não estão favoráveis, e possui custo de até R$ 1,50 por kWh. Já a vermelha, aplicada quando as condições de geração estão insuficientes, representa um aumento de até R$ 4,50 por kWh”, explicou. A ANEEL costuma divulgar a bandeira em vigor nos meios de comunicação.
Nos últimos meses, a bandeira aplicada tem sido verde. Logo, economizar é seu dever. O técnico deu algumas dicas práticas que você pode aplicar no dia-a-dia, mas antes, é preciso verificar a parte elétrica da residência. Os famosos “gatos”, que são instalações incorretas, geram maior consumo de energia. Vamos às orientações principais.
– Trocar as lâmpadas fluorescentes pelas de LED, que reduzem em torno de 40% o valor do consumo;
– Diminuir o uso de aparelhos que usam resistência elétrica, como chuveiro, forno e ferro de passar roupa;
– Consumir energia fora do horário de pico, que é das 18h às 22h59 e tem a tarifa mais cara.
Cadê o ar condicionado nessa lista? Calma, separamos um espaço só para ele porque, de acordo com Martins, o segredo é melhorar o uso do aparelho. “A maioria das pessoas deixa o ar condicionado em 16ºC, forçando o equipamento e consumindo mais energia. O ideal é utilizar entre 22ºC e 26ºC de temperatura”, ensinou o técnico.
E como sempre trazemos curiosidades em nossos artigos, aqui vai uma que nos deixou de boca aberta. Sabia que a televisão gasta energia mesmo estando desligada? O computador também. Todos os aparelhos em stand by gastam uma quantidade mínima de energia só por estarem ligados à tomada! “Os aparelhos sempre possuem uma luzinha indicando que estão conectados à energia, e essa luzinha gera um consumo. É pouco, mas gasta. O ideal é desligar, inclusive da tomada, o que não estiver usando”, indicou.
E a Tarifa Branca, você conhece? Para quem não sabe, é uma modalidade que a ANEEL oferece aos consumidores que gastam mais energia fora do horário de pico (indicado lá em cima), e você pode solicitar na Agência. O técnico afirmou que é mais uma forma de economizar. Pesquise sobre o assunto.
Com todas essas informações, não é possível que você ainda queira passar por momentos de tensão ao abrir o boleto da concessionária de energia. Use a luz sem tomar choque, economize!