O artigo dessa semana começa com uma reflexão. “Cuidar da alimentação é um ato de amor consigo e com o próximo”. A frase é da nutricionista Fernanda Esmério. Já que as aulas retornam em breve, procuramos a profissional para ensinar a fórmula desse amor aos papais e mamães de crianças e adolescentes. Mas, antes de começar, recomendamos que você dê uma lida no artigo que publicamos no ano passado sobre alimentação saudável para os pequenos (é só clicar aqui). Vale a pena!
Agora, vamos conversar sobre lancheiras saudáveis para esse público. Se a mudança de rotina é complicada para os adultos, é mais desafiadora ainda para as crianças e adolescentes. Essa turminha vai mudar a dinâmica brincadeiras + viagens + lanchinhos variados, que funciona nas férias, para a dinâmica aulas + obrigações + refeições regradas, que é aplicada durante o ano. E para eles, é tão doloroso entender que bolacha recheada tem hora certa quanto reduzir o tempo no videogame. Mas, é necessário.
Então, aqui vai a #dicadeouro da semana. Se você quer que seu filho coma bem na escola, você precisa comer bem em casa. Dar o exemplo é fundamental para que ele entenda a importância de cada alimento. “A refeição da escola precisa ser uma continuação do que é feito em casa. Fazer refeições balanceadas em casa e colocar refrigerante e salgadinho na lancheira não adianta, e nem o contrário (se alimentar mal em casa e querer que a criança leve suco e pão caseiro para o colégio)”, explicou a nutricionista.
A Sociedade Brasileira de Pediatria regulamenta os lanches escolares para suprir a necessidade real desse público. Anota aí que tem lista dos itens recomendados e vetados.
– Carboidratos: biscoito de arroz, tapioca, pães caseiros ou de padaria, bolos caseiros, granola, pipoca caseira;
– Proteínas: requeijão, queijo branco, patê de atum, franco ou ricota;
– Líquidos: suco integral (sem conservantes), chá, água mineral ou água de coco;
– Vitaminas: frutas, inteiras ou cortadas;
– Vetados: balas, refrigerantes, chocolates, bolos industrializados, bolachas recheadas, sucos de caixinha com adição de açúcar e conservantes, produtos embutidos (salsicha, presunto e mortadela), frituras, salgadinhos de pacote.
Esses são alguns exemplos, separados em grupos. Lembramos que potes e as próprias lancheiras, quando são térmicas, auxiliam na manutenção da temperatura dos alimentos. E se você preparou a clássica desculpa “eu não tenho tempo” para esse momento, Fernanda responde. “Todos os pais, mesmo aqueles que não têm tempo, conseguem montar uma lancheira saudável. Basta organizar as compras e a escolha dos alimentos até se tornar rotina”.
Ainda de acordo com a nutricionista, se a criança ou adolescente recusar alguma opção, os pais devem insistir. “Para as crianças mais seletivas, o incentivo para comer determinadas coisas vai bem. Uma única recusa não é suficiente para ela não gostar, o nosso paladar é treinável”, recomendou.
Desenvolver a consciência alimentar desde cedo não só abre um leque de opções saudáveis na hora de comer, mas também previne o sobrepeso, a obesidade e a deficiência de nutrientes, problemas que podem causar doenças a longo prazo.
Esse é o resultado da fórmula. Aplique na sua casa e transforme, de vez, os hábitos dos seus filhos. O desenvolvimento deles depende só do seu amor!